O que é vida?
- Flavia Araújo
- 10 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 12 de fev.

"Comer o pedaço do bolo que fez quando estava com fome, mas depois perceber que a fome era de fazer alguma coisa e não de comida
Escutar várias músicas procurando aquela música e notar que já passou pela música ela só não tem mais o mesmo gosto
Acordar cedo tentando ter um dia produtivo e acabar passando a manhã só pensando no que vai fazer durante o dia, o dia não fazendo isso que pensou durante a manhã e mesmo assim achar que foi um bom dia, por ter acordado cedo (eu gosto de acordar cedo)"
@notasfaltando
A vida está profundamente conectada com a capacidade de criar e relacionar-se, segundo Winnicott, ele acreditava que a vida emocional começa com a experiência de um "self verdadeiro" e se desenvolve através de uma relação suficientemente boa com a mãe ou os cuidadores. A capacidade de se sentir aceito, respeitado e visto, de modo a expressar o que é "real" dentro de si, é a base para o desenvolvimento da vida emocional saudável.
Winnicott também falava sobre a ideia de transição, que é a capacidade de a criança se mover da dependência absoluta para a independência emocional. Nesse movimento, ele introduziu a ideia do "objeto transicional" (como o cobertor ou o ursinho), que serve como um intermediário entre o mundo interno e o externo. Para o autor, a vida é um processo de descoberta do "eu", onde a capacidade de criar e de se expressar é essencial. Ele via a vida não apenas como a busca por satisfazer necessidades, mas como a oportunidade de criar algo significativo, seja através de objetos, arte ou relações.
Em um nível mais profundo, a vida para Winnicott não é apenas uma questão de sobrevivência física, mas um constante movimento de ser e estar no mundo, num processo de integração entre os aspectos internos e externos do sujeito. Para ele, a capacidade de viver plenamente está ligada à capacidade de jogar — ou seja, a capacidade de se engajar com o mundo de uma forma lúdica, criativa e aberta.



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